5 MÉTODOS DE MODELAGEM DE PAREDES E SUAS IMPLICAÇÕES PARA QUANTIFICAÇÃO NO REVIT
Um dos grandes desafios no levantamento de materiais no Autodesk Revit é a modelagem das paredes. Primeiro porque elas representam grande parte do tempo de desenvolvimento do modelo, segundo porque resultam em um número significativo de diferentes materiais, com critérios de medição variados e que refletem pontos relevantes do orçamento.
Para ter êxito nesse processo é preciso estar atento ao nível de detalhamento das informações e geometria, conhecer os recursos do Revit que permitem alcançar maior produtividade na modelagem e assertividade dos dados, por fim saber os métodos de modelagem. Veja a seguir 5 diferentes métodos para construção de paredes no Revit visando a quantificação.
1. PAREDES BÁSICAS
Método mais rápido, porém menos assertivo. Esse é certamente o método mais conhecido para modelagem de paredes, exige esforço médio na criação do template, uma vez que para cada combinação de ambientes adjacentes à parede deve-se criar uma parede diferente no template.
Uma vez que os tipos de paredes estão criados, exige um menor esforço na modelagem, por isso, ele é Ideal para estudo preliminar e projeto legal, quando não se exige ainda um LOD (Level of Development) muito alto para as alvenarias.
2.PAREDES CEBOLA: Método mais assertivo e menos produtivo, exige menor esforço para criar template uma vez que basta criar algumas paredes sendo referentes às camadas de materiais. Esse método, a pesar de muito conhecido e de fácil compreensão, é o que exige maior esforço para o desenvolvimento do modelo. Ele permite maior controle das alturas individuais das camadas ou por tipo. Muito usado para quantificação.
3. PAREDES EMPILHADAS: Este é um método permite definir diferentes alturas para os materiais dando mais assertividade aos dados, entretanto exige um grande esforço na criação do template e seus tipos de paredes, uma vez que para cada parede empilhada, o usuário deve modelar ao menos duas paredes básicas.
A pesar do considerável esforço na criação dos tipos de paredes, este é o método mais rápido para aumentar o nível de detalhamento do modelo partindo de paredes básicas, por isso é tão mais adequado quanto mais padronizado for o projeto.
4.PEÇAS: Pode ser usado em conjunto com outros métodos, proporciona mais assertividade e dá mais liberdade nas alterações de alturas. O fato de as peças não serem elementos de "tipo", não permite que suas alturas sejam alteradas de uma única vez, o que torna este método pouco produtivo para grandes projetos.
As peças podem ser feitas a partir de paredes básicas, o que resulta pouco esforço no template mas sendo recomendado preferencialmente para arquitetura de interiores e projetos personalizados, com grande número de variações de materiais de acabamentos.
5. MÉTODO QUATRE: O método desenvolvido pela Quatre é um método híbrido. Após muita pesquisa e investigação das limitações de cada método, foi possível definir um conjunto de processos e fluxo de modelagem que proporcionam assertividade maior do que os métodos anteriores com uma produtividade equivalente ao método de paredes empilhadas.
Exige um esforço inicial médio para criação de tipos de paredes, porém muito menor para o desenvolvimento do modelo. Por se tratar de um método híbrido, recomenda-se compreensão dos demais métodos, ressaltando as vantagens de cada um. Além disso, é um método versátil, recomendado para projetos padronizados ou até mesmo para personalizados.
O Especialista BIM tem várias responsabilidades entre elas a de definir as diretrizes dos processos de modelagem e recomendar quais os métodos devem ou não serem utilizados na criação do modelo BIM. Vale lembrar que tudo isso deve ser registrado no Plano de Execução BIM, veja também o artigo o que é o Plano de Execução BIM (BEP)
E aí já conhecia esses métodos? Quer saber mais? O nosso curso Revit Quantificação ensina e detalha cada um desses métodos de modelagem de paredes, bem como outras ferramentas de modelagem e suas implicações para a quantificação;
Entre os elementos abordados estão bancadas, soleiras, rodapés, rufos, chapins/pingadeiras, pisos, forros, sancas e rebaixos, telhados, madeiramento, peles de vidro, esquadrias, equipamentos.
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